Dados do Trabalho

Título

Efeito do Óleo de Semente de Pepino (Cucumis Sativus) na Reparação de Ferida em Ratos (Rattus Novergicus)

Resumo para avaliação

Diante da alta frequência de lesões cutâneas em animais e da dificuldade na cicatrização rápida e efetiva, inovações terapêuticas são essenciais para otimizar o tempo de cura e a qualidade do tecido cicatricial. O óleo de semente de pepino contém compostos com propriedades anti-inflamatórias, antibacterianas, antioxidantes, antifúngicas e analgésicas, favorecendo a cicatrização. Este estudo analisa os efeitos do óleo de semente de pepino nas diferentes fases do processo de cicatrização, utilizando avaliação macroscópica da ferida (AMF), medição da área da ferida (AAF), avaliação do potencial de contração (PC) e teste mecânico de tração (TMT). O experimento utilizou 48 ratos Wistar, machos, com três meses de idade e peso médio de 300 g, divididos em dois grupos: controle (GC) e tratado (GT). Foram feitas duas ressecções cirúrgicas completas de pele, de 2 cm de diâmetro, na região dorsal interescapular, sendo a segunda 3 cm caudal ao primeiro local. Ambos os grupos tiveram as feridas limpas diariamente com solução fisiológica até o período final de avaliação. No GT, óleo de semente de pepino foi aplicado após a limpeza, uma vez ao dia, até o período final de avaliação. Eutanásias foram realizadas no 3º, 7º, 14º e 21º dia de pós-operatório, com seis animais em cada período, para coleta de amostras, pele e dados para AMF, AAF, PC e TMT, seguindo delineamento casualizado. Os dados paramétricos foram analisados pelo teste de normalidade Shapiro Wilk e comparados pelo teste T de Student. Os dados não paramétricos foram analisados pelo teste Mann Whitney. No GT, observou-se maior formação de crostas no 3º dia, porém no 21º dia foi menor em comparação ao GC. A área da ferida foi maior no GT no 7º dia, mas menor no 21º dia. Quanto ao potencial de contração, GT apresentou menor contração no 21º dia. No teste mecânico de tração, o GT suportou uma carga superior em comparação ao GC. O óleo de semente de pepino mostrou-se eficaz na cicatrização de feridas cirúrgicas, reduzindo crostas e área da lesão após 21 dias. A pele cicatrizada apresentou maior resistência no teste mecânico de tração. Conclui-se que estudos adicionais, como avaliações histológicas, imuno-histoquímicas e moleculares, são necessárias para compreender melhor a ação deste óleo na cicatrização.

Palavras Chave

Lesões cutâneas; óleo de semente de pepino; cicatrização de feridas