Dados do Trabalho
Título
Uso de PRF e Decanoato de Nandrolona no tratamento de união retardada de rádio ulna em cão
Resumo para avaliação
As fraturas de rádio e ulna representam de 8,5 a 18% da casuística de fraturas em cães e gatos. O tratamento pode ser conservativo (talas, bandagens) ou cirúrgico (placas e parafusos, fixadores esqueléticos externos ortopédicos) e a escolha deve ser baseada na classificação da fratura, idade, peso e raça do animal. Tendo isso em vista, objetiva-se descrever o uso de Fibrina Rica em Plaquetas (PRF) e Decanoato de Nandrolona em um caso de união atrasada de fratura distal de rádio e ulna em um cão, fêmea, da raça Pinscher, de 3 anos de idade, pesando 2kgs. O animal foi atendido no Hospital Veterinário da Unesp (FCAV) com histórico de ter caído do colo. Ao exame radiográfico foi constatada fratura de rádio ulna distal esquerda. Após 7 dias da fratura realizou-se a osteossíntese, utilizando-se uma placa em T de titânio do sistema 1.2 mm. Com 15 dias de pós-operatório, o animal parou de apoiar o membro, e no retorno foi visto que os dois parafusos distais haviam quebrado; sendo assim, foi realizada reintervenção cirúrgica na qual colocou-se uma placa ponte de titânio do sistema 1.5 mm e enxerto de medula óssea. Após 60 dias da reintervenção, a placa expôs distalmente, sendo feita uma proteção da ferida até a consolidação óssea. Aos 81 dias da reintervenção foi realizada a dinamização (retirando apenas um parafuso distal próximo ao foco), enxerto de PRF percutâneo, laser e Decanoato de Nandrolona (Deca -Durabolin®) (1mg/kg IM). Foi realizado outro ciclo de Deca-Durabolin® 14 dias após a primeira aplicação. A consolidação óssea ocorreu 48 dias após dinamização, sendo possível a retirada de todos os implantes. Em seguida, manteve-se o paciente de tala por conta da fragilidade óssea. Após 26 dias da retirada dos implantes, retirou-se a tala e foi dada alta ao paciente. Em todo o período o animal seguia apoiando o membro com discreta claudicação em alguns momentos. As complicações como união atrasada ocorrem com maior frequência em rádio ulna de cães miniatura devido à baixa vascularização da área, por exemplo, e a utilização de terapias coadjuvantes como o uso de PRF, enxerto de medula óssea e aplicação de Deca-Durabolin® potencializaram a regeneração óssea, favorecendo a recuperação mais rápida do paciente.
Palavras Chave
Complicação; enxertia; fratura radioulnar; osteossíntese
Área
Ortopedia
Autores
Carlos Henrique Dias Pereira, Júlia Banhareli Tasso, Brenda Mendonça Alcântara, Bruno Watanabe Minto, Luis Gustavo Gosuen Gonçalves Dias, Fabricio Silva Santana