XV Congresso de Cirurgia do CBCV e V Congresso Internacional do CBCV - Colégio Brasileiro de Cirurgia Veterinária

Dados do Trabalho


Título

ABORDAGEM CIRÚRGICA MODIFICADA DE FRATURA EM RÁDIO E ULNA DE OURIÇO PIGMEU AFRICANO (Atelerix albiventris, Wagner, 1841) (Erinaceomorpha)

Resumo para avaliação

A modernidade aproximou a relação entre os humanos e outras espécies, de maneira que se tornou comum a procura de animais silvestres e exóticos como pets (animais de companhia). Como consequência da crescente domesticação dessas espécies, verifica-se um aumento da demanda por atendimento e tratamento veterinário para esses animais. Em cães de raças miniaturas, o tratamento cirúrgico de fraturas em rádio e ulna representa um desafio devido ao diâmetro reduzido dos ossos, às forças exercidas pelos músculos flexor carpal e digital e à menor vascularização da região. Estas particularidades podem dificultar a fixação de implantes, a consolidação óssea e propiciar a não união destas fraturas. A escolha do implante na abordagem cirúrgica para osteossíntese varia conforme a configuração da fratura, sendo recomendada mobilização absoluta para fraturas com alto strain e mobilização relativa para aquelas com baixo strain. Um ouriço pigmeu africano (Atelerix albiventris) adulto, macho, foi encaminhado para o Centro de Veterinária e Zootecnia da Universidade CES, Colômbia, no dia 30/04/2024, apresentando lesão no membro torácico esquerdo por queda de altura. Através do exame radiográfico, constatou tratar-se de fratura simples, completa e transversa em terço distal de rádio e ulna. Em virtude da ausência de placa de compressão de tamanho adequado para o paciente, o método de tratamento cirúrgico empregado consistiu na estabilização relativa do foco da fratura através de fixador externo linear tipo II. Utilizou-se quatro fios de Kirschner de 1mm de diâmetro, dois em cada fragmento ósseo, com distribuição homogênea. Devido à impossibilidade de fixação no rádio, a fixação foi realizada na ulna, contrapondo o recomendado pela literatura. Decorridos 60 dias após a cirurgia, através do exame radiográfico, observou-se consolidação óssea secundária do foco da fratura e os implantes foram removidos. Não foram observados sinais clínicos indicativos de complicações decorrentes da técnica aplicada.

Palavras Chave

ouriço; fratura distal em rádio e ulna

Área

Cirurgia

Instituições

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais - IFSULDEMINAS - Minas Gerais - Brasil

Autores

Doane Dantas Silva, Camila Mitsu de Carvalho Sonoda, Beatriz Tavares de Jesus, Iara de França Vicente, Santiago Jaramillo Colorado, Adriano de Abreu Corteze, Paulo Vinícius Tertuliano Marinho, Carolina Camargo Zani Marinho