XV Congresso de Cirurgia do CBCV e V Congresso Internacional do CBCV - Colégio Brasileiro de Cirurgia Veterinária

Dados do Trabalho


Título

OSTEOSSÍNTESE DE FÊMUR EM DRAGÃO BARBUDO (Pogona vitticeps)

Resumo para avaliação

Sonoda, C.M.C¹; Colorado, S.J.²; Muñoz, A.B.³; Bedoya, N.J⁴.; Corteze, A.A⁵.
1. Discente no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (12202001450@muz.ifsuldeminas.edu.br) 2. DVM, PhD, Msc autônomo em Medellín, Colombia 3. DVM, Msc Esp. 4. DVM, Esp. 5. Docente no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas.
Com o significativo aumento da comunidade de pets não convencionais, surgem também novos desafios e consequente demanda por médicos veterinários que exerçam uma abordagem especializada para garantir o bem-estar desses animais. Foi atendido em clínica particular em Envigado, Colombia, um dragão barbudo (Pogona vitticeps), adulto, fêmea, com histórico de trauma resultante de queda do segundo andar da residência. Após exame físico, foi realizado exame radiográfico, no qual foi constatado fratura cominutiva em terço médio de fêmur direito. Devido à fratura de baixo strain, optou-se pelo uso de pino intramedular, que oferece estabilidade relativa, reduzindo a força de flexão e favorecendo a consolidação óssea secundária. Esta escolha preserva a vascularização periosteal e dos tecidos moles adjacentes. A estabilização cirúrgica foi realizada com o paciente sob acesso venoso em veia coccígea ventral e o protocolo anestésico utilizando Cetamina 2 mg/kg e Morfina 1 mg/kg para indução, seguida por Propofol para manutenção e anestesia inalatória com Isoflurano a 1,5%. Além disso, o animal foi mantido em um colchão térmico a 30ºC, uma vez que é ectotérmico e depende da regulação ambiental da temperatura. Realizou-se a implantação de pino intramedular de Steinmann de 1,5mm pelo método retrógrado, do foco da fratura até a fossa trocantérica do fêmur, o qual reduziu a fratura, envolveu praticamente toda a extensão do osso e 80% do canal medular. Além disso, considerando que esta espécie realiza ecdise, foi necessária a realização de sutura de pele evaginante em U com fio polidioxanona 3-0 para minimizar o risco de disecdise dos pontos durante a troca de pele. O animal apresentou melhora clínica e segue em observação sob os cuidados dos tutores até o retorno clínico-cirúrgico. O planejamento cirúrgico foi imprescindível para esse paciente, uma vez que é essencial levar em conta as particularidades anatômicas e fisiológicas de cada espécie.

Palavras Chave

Lagarto; ortopedia; animais silvestres; pino intramedular

Área

Cirurgia

Instituições

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas - Minas Gerais - Brasil

Autores

Camila Mitsu Carvalho Sonoda, Santiago Jaramillo Colorado, Andres Barbosa Muñoz, Nicollás Jaramillo Bedoya, Adriano Abreu Corteze