XV Congresso de Cirurgia do CBCV e V Congresso Internacional do CBCV - Colégio Brasileiro de Cirurgia Veterinária

Dados do Trabalho


Título

Omentalização após colotomia em cólon menor em pônei com enterólito

Resumo para avaliação

Um pônei foi admitido para atendimento com sinais indicativos de um quadro emergencial de abdômen agudo. À inspeção, observou-se sinais de prostração e acentuada distensão abdominal. Ao exame físico geral, os parâmetros fisiológicos obtidos foram taquicardia e taquipneia, mucosas congestas com presença de halo toxêmico, tempo de preenchimento capilar de três segundos, hipomotilidade intestinal e temperatura retal de 38°C . A paracentese apresentou aspecto turvo, com elevada celularidade e nível de lactato de 4,8mmol/L. Devido a progressão rápida dos sinais clínicos, optou-se pelo diagnóstico via celiotomia exploratória, obtendo o diagnóstico final de enterolitíase na transição do cólon transverso para colon menor, com princípio de necrose na região antimesocólica. Optou-se pela realização da colotomia na região na qual se encontrava o corpo estranho pois não foi possivel a movimentação do mesmo, após a remoção do enterólito foi realizada uma sutura dupla invaginante de Schmieden e Cushing com fio caprofil 2-0 e em seguida a omentalização da linha de sutura com o caprofil 2-0, com o intuito de induzir neovascularização e cicatrização e incrementar o aporte de energia, oxigênio, células de defesa e proporcionar uma barreira física para prevenir aderências. Foi também realizada a colotomia na flexura pélvica para resolver uma compactação secundária nessa região, após a resolução das alterações optou-se pela lavagem da cavidade abdominal com solução ringer lactato ozonizada. Assim foram utilizados 10 litros no total, cada frasco de 5L ozonizado com fluxo de 1⁄4 L/minuto por 15 minutos à dose de 50mcg/ml visando a capacidade antisséptica e anti-inflamatória do ozônio. Após a lavagem da cavidade foi realizada a celiorafia com sutura simples continua com fio Polidioxanona 4 e dermorrafia em padrão continuo com mononylon 0. Além das terapias convencionais com anti-inflamatórios, hidrocortisona dose única no pós-operatório imediato e flunixin meglunine BID, e antibióticos, ceftiofur, gentamicina e metronidazol, ainda pós operatório, utilizou-se fluidoterapia ozonizada, intravenosa, via veia epigástrica cranial, utilizando 1L de solução de ringer lactato, ozonizada a 50mcg/ml por sete minutos, diariamente por três dias. O pônei obteve alta médica 20 dias após a intervenção cirúrgica. Acredita-se que a omentalização corroborou na cicatrização do cólon menor e reduziu a chance de aderência e peritonite, devido a gravidade do caso e do estado da alça essa técnica aliada as terapias convencionais e integrativas no período pós operatório foram importantes para a alta médica do paciente.

Palavras Chave

síndrome cólica; peritonite; aderências; gastroenterologia

Área

Gastroenterologia

Autores

EDSON APARECIDO CAMPASSI JUNIOR, LARA ANTONIASSE DEL RIO , GABRIELA DA SILVEIRA SABATINI, EUGENIO NARDIN NETO , RENATO CARVALHO CROQUE, LUÍS OTÁVIO PERONI GARCIA , CARLA TABATA DE ANDRADE, BRUNO FORNITANO CHOLFE