XV Congresso de Cirurgia do CBCV e V Congresso Internacional do CBCV - Colégio Brasileiro de Cirurgia Veterinária

Dados do Trabalho


Título

Fratura de terceiro trocanter em equino: Relato de caso.

Resumo para avaliação

As fraturas de fêmur são relativamente comuns em equinos, principalmente nos jovens, porém as causas são distintas, sendo que nestes, deve haver uma força considerável para que ocorra uma fratura. As principais afecções ortopédicas em equinos são devidas a traumas externos, podendo resultar em casos mais graves em luxações e fraturas ou até mesmo gerar um abscesso pela presença de corpo estranho. Desta forma, objetiva-se descrever o caso clínico de um equino macho com 3 anos de idade e sem raça definida, com histórico de lesão por projétil balístico. No exame clínico inicial observou-se avançado estado de caquexia, claudicação grau 3 e aumento de volume próximo a articulação coxofemoral esquerda, com a presença de uma fístula com drenagem de secreção purulenta. Ademais, apresentava também aumento de volume na articulação tibiotársica no membro posterior direito. O primeiro exame de radiografia foi inconclusivo para a articulação coxofemoral esquerda, não encontrando projeto balístico, entretanto, revelou a presença de fratura incompleta em região de maléolo medial na tíbia direita e fratura do processo transverso e espinhoso, sendo então diagnosticado como um possível atropelamento em virtude dos politraumatismos. Procedeu-se ao tratamento diário da fístula através de compressa com água morna, pomadas revulsivas e solução de ácido acético. Entretanto, diante da persistência da drenagem de secreção purulenta, vinte dias após, repetiu-se o exame radiográfico da região coxofemoral, revelando, desta vez, a presença de fratura de terceiro trocanter do fêmur esquerdo inconclusiva ao primeiro exame radiográfico em decorrência da presença de áreas radiopacas sugestivas de osteólise por processo de reabsorção/destruição de osteoclastos ou ainda pela presença de infecção. Com o animal sedado e em posição quadrupedal procedeu-se à abertura do trajeto fistuloso e remoção do fragmento ósseo. No pós operatório administrou-se benzilpenicilina potássica e Gentamicina (Gentopen®) na dose de 1 ml/21kg/IM/BID durante 7 dias e Flunixin Meglumine, na dose de 1,1 mg/kg/IM/SID inicialmente por 3 dias e em seguida 0,5 mg/kg/IM/SID por mais 2 dias. A limpeza e curativo local foi realizado com solução antisséptica Gigaderm® e, em seguida, administrada a associação de pomada cicatrizante e Tanicid® como repelente e proteção da ferida cirúrgica até a completa cicatrização da mesma. O animal recebeu alta 10 dias após a remoção do fragmento estando completamente recuperado.

Palavras Chave

Palavras chaves: Coxofemoral; Politraumatismo; Corpo estranho

Área

Cirurgia

Autores

Maria Carolina Medeiros Bezerra, Rhayane Coelho Batista , Allana Pereira Barboza , Milena Thomazi Lacerda , Bruna Gomes Carvalho , Italo Santos Coutinho , Paula Alessandra Di Filippo