XV Congresso de Cirurgia do CBCV e V Congresso Internacional do CBCV - Colégio Brasileiro de Cirurgia Veterinária

Dados do Trabalho


Título

PANOSTEÍTE EOSINOFÍLICA (ENOSTOSE) EM CÃO: RELATO DE CASO

Resumo para avaliação

Monteiro, F.G.¹; Lacerda, R.P.F.2 ; Peixoto, T. M. B.³; Silva, A. C.4 Oliveira, A.L.A. 5.

1 Acadêmica em Medicina Veterinária na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF; 2 Mestranda em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF; 3 Mestre e Doutora em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF; 4 Médica Veterinária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ; 5 Mestre, Doutor e professor Associado da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF

A panosteíte eosinofílica corresponde a uma osteopatia inflamatória e autolimitante. Raramente relatada, responsável pelo acometimento de ossos longos de animais em fase de crescimento, principalmente, machos de raças de porte grande. Dentre suas diversas causas estão: reações autoimunes, hiperestrogenismo, congestão, alergias e desordens metabólicas. A doença pode persistir por meses e acometer diversos ossos, inclusive, mais de um membro. O diagnóstico é baseado nas manifestações clínicas em conjunto com a realização de exames de imagens, como radiografias. O tratamento é realizado com base nos sinais clínicos apresentados pelo paciente, uma vez que é autolimitante, e estes podem retornar dentro de até 2 anos de idade do animal. Foi atendido no consultório veterinário da clínica Vet Pet Care, em Rio das Ostras – RJ, uma cadela, femêa, de 11 meses de idade, da raça Pastor Alemão, apresentando inicialmente quadro de prostração e inapetência, e posteriormente iniciou um quadro de claudicação aguda em exame de marcha, demonstrando dor à palpação óssea profunda. Foram realizados exames hematológicos, perfil bioquímico e ELISA para Dirofilaria immitis, Anaplasma phagocytophilum/platys, Erlichia canis/ewingii e Borrelia Burgdorfer, cujos resultados se mantiveram dentro da normalidade. Ao exame radiográfico dos membros pélvicos, observou-se alterações em fêmur direito, discreta alteração no trabeculado ósseo e cavidade medular com radiopacidade semelhante à cortical óssea com aparência semelhante a manchas em seu interior, sem evidência de alterações em articulações. Relatado como impressão diagnóstica a panosteíte em fêmur direito. Paciente segue em tratamento com analgesia e anti-inflamatório. Transcorridos 8 dias após o início das medicações, a claudicação cessou e vem apresentando constante melhora mediante a terapia medicamentosa. Conclui-se que embora seja uma doença pouco relatada na literatura, é essencial o conhecimento médico veterinário sobre a casuística, a fim de promover um diagnóstico ágil para um tratamento preciso, oferecendo qualidade de vida aos pacientes acometidos.

Palavras Chave

Palavras-Chave: Panosteíte; osteopatia inflamatória; claudicação

Área

Ortopedia

Autores

Fernanda Gualter Monteiro, Raíssa de Paula Ferreira Lacerda, Tainara Micaele Bezerra Peixoto, Alessandra Caetano da Silva, André Lacerda Abreu de Oliveira